quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

PRECISAMOS APRENDER A LER NAS ENTRE LINHAS

Canal do Cunha será despoluído
JB Online
RIO - Os canais do Cunha e do Fundão vão começar a ser despoluídos em janeiro. A obra, sob a responsabilidade da Secretaria Estadual do Ambiente, terá recursos de R$ 185 milhões, da Petrobras, e será realizada pela empresa Queiroz Galvão. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo ministro do Meio Ambiente,Carlos Minc, e pelo subsecretário estadual do Ambiente, Antonio da Hora. Além de recuperar uma região bastante degradada, a dragagem também irá reduzir as enchentes causadas pela elevação do Rio Faria Timbó.
Segundo Minc, a recuperação dos canais do Cunha e do Fundão constitui a primeira medida do Plano Brasileiro de Mudanças Climáticas lançado pelo Ministério do Meio Ambiente, na semana passada, na Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, na Polônia.
- Essa medida é uma adaptação às conseqüências geradas pelas mudanças climáticas, como a elevação do nível do mar. Essa área é afetada pelas enchentes porque o aterro antigo da Ilha do Fundão impediu a circulação de água. A obra permitirá solucionar este fato, reduzindo significativamente as enchentes provocadas pela elevação do rio Faria Timbó – disse o ministro.
A obra deverá ser concluída em dois anos e abrangerá o desassoreamento dos canais, facilitando a circulação de água. Serão dragados 2,2 milhões de metros cúbicos de material em uma área de 6,5 km de extensão. O lodo a ser retirado possui aproximadamente quatro metros de altura, a partir do nível da água. O projeto também compreenderá urbanismo e saneamento do Fundão e o reforço nas pontes. A Petrobras também financiou, com recursos de R$ 2 milhões, o projeto-executivo da obra e o EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental).
Antes da obra, a UFRJ efetuou um estudo detalhado do solo e análise dos sedimentos em 107 pontos da região e constatou a presença de metais pesados como mercúrio, chumbo, cádmio, antimônio e outros metais. A camada contaminada com metais pesados passará por um processo de separação de areia para tratamento. Após esse procedimento, os sedimentos restantes serão dispostos em cápsulas de geotextil, para drenagem de líquido. A água, completamente limpa, retornará para a Baía de Guanabara.
- Esses bolsões geotextil serão dispostos no solo em uma área de aproximadamente 9 km de extensão. Mas, antes, o solo passará por um processo de impermeabilização. Sobre essa área, faremos a urbanização. Esse material é extremamente seguro, não oferecendo portanto qualquer perigo ao meio ambiente e também para a saúde da população. O material que não estiver contaminado com metais pesados, será disposto em alto mar, em local licenciado. Já o restante do lixo como pneus, carcaças de automóveis serão encaminhados para o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Vamos monitorar todo esse trabalho, durante e após a obra – afirmou Antônio da Hora, ressaltando, que durante a obra, será utilizado produto para modificar a composição do gás sulfídrico, responsável pelo forte mau cheiro da região.
Posteriormente, a Secretaria do Ambiente fará novas intervenções na região como a construção de um píer para os pescadores, horto e sede para cooperativas de catadores, com recursos do Fecam.
[16:50] - 22/12/2008 -

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