domingo, 17 de fevereiro de 2013

Deputado quer audiência pública para investigar problemas em novo aterro sanitário do Rio



17/02/2013 - 17h16
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) pretende visitar ainda esta semana o bairro de Chaperó, no limite entre Seropédica e Itaguaí, para verificar o grau de contaminação sobre a população local causado pela poluição emanada do Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) da empresa Ciclus, segundodenúncia dos moradores. Dependendo do que encontrar, Freixo vai propor uma audiência pública sobre o assunto na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O CTR é responsável por receber todo o lixo gerado pela capital do estado e de municípios da região metropolitana desde o fechamento, em junho do ano passado, do Aterro Sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias, que antes recebia esse material. Freixo pleiteia a recondução à presidência da Comissão dos Direitos Humanos da Alerj e vem acompanhando a situação dos moradores de Chaperó. Ele considera graves as denúncias de que a comunidade estaria sendo exposta a condições degradantes de saúde pública.
“Sem dúvida alguma, isso tem que ser investigado pela Assembleia Legislativa. Até porque o investimento ali tem isenções e estímulos do governo do estado. Quando se tem uma violação dos direitos humanos dessa magnitude, o que menos interessa é se o problema é estadual ou municipal. O que interessa é a vida dessas pessoas. Se eu continuar à frente da Comissão dos Direitos Humanos, essa será uma das primeiras ações, chamando as demais comissões, a de Meio Ambiente e a de Saúde, para fazer uma vistoria conjunta.”
A empresa Ciclus foi procurada para comentar as denúncias dos moradores. Enviou uma nota, admitindo que as fortes chuvas podem elevado o odor: “A CTR Rio é a mais moderna Central de Tratamento de Resíduos da América Latina. Inaugurada em 2011, a unidade foi desenvolvida com a mais alta tecnologia em um processo de implantação gradativa, que segue o cronograma previsto. A empresa está sempre atenta a melhorias operacionais e está estudando alternativas para controlar ainda mais o odor provocado pelas fortes chuvas que vêm assolando a região nesse início do ano”.
Edição: Fábio Massalli
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Pesquisador alerta para problemas de saúde causados por novo aterro sanitário em Seropédica


17/02/2013 - 16h51
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O aumento no número de casos de doenças respiratórias constatado por moradores da comunidade de Chaperó, na divisa de Seropédica e  Itaguaí, desde a implantação de um aterro sanitário gerido pela empresa Ciclus, não é mera coincidência. A conclusão é do professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Cícero Pimenteira, doutor em Planejamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“A irritação é natural, de pessoas que estão entrando em contato constante com esse material poluente. O local foi mal escolhido e vai afetar uma grande parte da população do estado. A área é de recarga do Aquífero Piranema, que está dentro da Bacia do Rio Guandu, abastecedor da região metropolitana do Rio.”
Segundo Pimenteira, os efeitos sobre a saúde pública serão sentidos em médio e longo prazos, com danos muitas vezes irreparáveis. “É uma bomba relógio. O chorume tem por característica carregar metais pesados, que são absorvidos pelo organismo humano e não são eliminados, em um processo chamado de bioacumulação. Isso pode causar danos a longo prazo à saúde humana, não só à parte reprodutiva, mas também ao sistema nervoso central.”
Para o professor, houve demora na execução do projeto, que deveria prever o tratamento de chorume desde o início das operações. “A estação de tratamento de chorume deveria ter sido construída e entregue no momento em que o aterro foi implementado, mas até hoje ela não existe. Uma das formas de mitigar [o problema] seria ter o tratamento adequado para o chorume.”
O professor alerta que a poluição tende a se espalhar por toda a região e não apenas no bairro de Chaperó, que fica mais próximo do Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) . “É preciso levar em consideração o material que vaza desses caminhões, ao passarem em frente dessas casas, caindo sobre o asfalto e o barro, e também a evaporação das piscinas de chorume, que tem outros metais e inclusive amônia. A empresa deveria ter feito um cinturão verde, que é um dos condicionantes [para o funcionamento] do aterro. Essas árvores impediriam o trânsito desse material particulado, para reduzir o impacto e o mau cheiro.”
Para o acadêmico, a escolha do local foi a pior possível e pode afetar boa parte da população do estado, causando poluição nos reservatórios de água para consumo. “É uma catástrofe anunciada. Existe um risco ambiental muito grande naquela região de contaminação do lençol freático e de saúde pública. Foi um grande erro de planejamento estratégico.”
A empresa Ciclus foi procurada para comentar as denúncias dos moradores. Enviou uma nota admitindo que as fortes chuvas podem ter elevado o odor. “A CTR Rio é a mais moderna Central de Tratamento de Resíduos da América Latina. Inaugurada em 2011, a unidade foi desenvolvida com a mais alta tecnologia em um processo de implantação gradativa, que segue o cronograma previsto. A empresa está sempre atenta a melhorias operacionais e está estudando alternativas para controlar ainda mais o odor provocado pelas fortes chuvas que vêm assolando a região nesse início do ano”.
Edição: Fábio Massalli
fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-02-17/pesquisador-alerta-para-problemas-de-saude-causados-por-novo-aterro-sanitario-em-seropedica
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Empresa patrocina Carnaval em Seropédica enquanto transforma o município na MAIOR LIXEIRA DO ESTADO!!!

Empresa patrocina Carnaval em Seropédica enquanto

transforma o município na MAIOR LIXEIRA DO ESTADO!!! 




 Em tempo record empreendimento q prometia resolver


 o problema do lixo no Estado do Rio de Janeiro vira mais

 recente CRIME AMBIENTAL previstos por especialistas

 desde época do licenciamento ambiental, onde questões

 técnicas foram simplesmente ignoradas pelo órgão

 licenciador, configurando incompetência e a omissão do

 Estado!

Onde foram parar o estudo de sinergia (lei 3111/98 Carlos


Minc) e as alternativas locacionais para este licenciamento?

Confiram na íntegra reportagem da AGÊNCIA BRASIL sobre

a situação do LIXO EM SEROPÉDICA e as denúncias de

problemas de saúde e crimes ambientais!





Moradores da região metropolitana do Rio denunciam problemas de saúde pública causados por novo aterro sanitário

17/02/2013 - 15h53
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Rinite, bronquite, asma, irritação nos olhos e na garganta, além de enjoos diários são os sintomas relatados por vários moradores do bairro de Chaperó, na divisa dos municípios de Seropédica e Itaguaí, na região metropolitana do Rio. De uma hora para outra, eles viram o bucólico lugarejo ao pé da serra, antes rodeado por campos e bosques, tomado por centenas de caminhões de lixo, que levam os detritos para o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) da empresa Ciclus, responsável por processar toneladas de detritos provenientes do Rio de Janeiro e de outros municípios próximos.
A dona de casa Adriana dos Santos da Silva mora com os três filhos - de 7, 10 e 14 anos – próximo do novo aterro e viu a saúde das crianças piorar desde o início dos trabalhos, há pouco mais de seis meses. “Nós queremos que interditem isso aqui, porque está afetando a saúde dos moradores, principalmente das crianças e das pessoas idosas. Meus filhos estão com problemas de saúde, com bronquite e sinusite e às vezes tenho de levá-los para o hospital. Eu mesma tenho tido crises constantes de bronquite e falta de ar.”
A vizinha Solange de Oliveira, mesmo morando a cerca de 100 metros do aterro, diz que não consegue evitar o fedor das piscinas de chorume, o que provoca mal estar. “O cheiro é intolerável. Invade nossas casas. Não adianta fechar portas e janelas. Na hora do almoço nem dá para comer, de tanto enjoo. Eu tenho estômago fraco e sei o que passo ”, disse. Ela se diz frustrada porque nem mais visitas pode receber em casa. “A gente fica com vergonha. A minha casa é limpa, mas o cheiro ninguém aguenta.”
Para o ajudante de caminhão Marco Antônio Patrocínio, a preocupação é com a infestação de moscas, que aumentaram de número desde o início do aterro. “As moscas pousam no chorume e depois vêm infectar as crianças.” A proliferação de insetos também incomoda Sonia Regina, que há 25 anos mora em Chaperó, mas agora tem dúvidas se vai continuar morando no local. “Depois que esse lixão veio, perdi o gosto de morar aqui. Era um bairro tranquilo, um paraíso. Não  tenho mais vontade de ficar. Não dá para botar uma mesa no almoço de tanta mosca.”
O aposentado Guilherme Zanini escolheu Chaperó em busca de sossego, mas agora não sabe se vai permanecer no bairro. “Passei do paraíso para o inferno. Agora não sei o que fazer, se saio ou se fico. A gente não tem mais paz nem sossego. Vai deitar com o mau cheiro e levanta com dor de cabeça. Dependendo do vento, não consegue nem dormir”, disse Zanini, que construiu uma casa de dois andares, que antes tinha como vista verdes campos e agora fica a menos de 50 metros dos reservatórios de chorume do CTR.
Até para vender os imóveis ficou difícil, pois o bairro todo sofreu desvalorização, segundo o militar reformado José Reinaldo Evangelista. “Os imóveis estão desvalorizados. A gente bota placa e ninguém quer comprar. Em compensação, nosso IPTU [Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana] é altíssimo, porque consideram como área industrial. Paguei mais de R$ 1 mil para a prefeitura de Itaguaí este ano.”
De acordo com o líder comunitário Everaldo Eufrásio Francisco, mais de 10 mil pessoas estão sendo atingidas pela poluição. “A implantação desse lixão vem causando prejuízo para a nossa comunidade. Já é caso de saúde pública. Minha esposa é um exemplo, pois está sofrendo de bronquite asmática e constantemente vem apresentando dificuldades de respiração. O cheiro é insuportável e mesmo durante a madrugada impede o sono. Fora o barulho dos caminhões, durante toda a noite.”
Segundo Everaldo, o problema se agravou com as fortes chuvas que atingiram a região no início do ano. “Tivemos uma chuva forte que inundou parte dessa fazenda [onde está o CTR] e deve ter vazado esse chorume das piscinas para a rede pluvial. Nós queremos que esse lixão seja interditado. Sabemos que é uma luta grande, mas não é impossível.”
A empresa Ciclus foi procurada para comentar as denúncias dos moradores. Enviou uma nota, admitindo que as fortes chuvas podem ter elevado o odor: “A CTR Rio é a mais moderna Central de Tratamento de Resíduos da América Latina. Inaugurada em 2011, a unidade foi desenvolvida com a mais alta tecnologia em um processo de implantação gradativa, que segue o cronograma previsto. A empresa está sempre atenta a melhorias operacionais e está estudando alternativas para controlar ainda mais o odor provocado pelas fortes chuvas que vêm assolando a região neste início do ano”.
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http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-02-17/moradores-da-regiao-metropolitana-do-rio-denunciam-problemas-de-saude-publica-causados-por-novo-aterr

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