terça-feira, 17 de setembro de 2013

Curso de sustentabilidade abre segunda turma e oferece 40 vagas

12/09/2013   -   Autor: Tinna Oliveira   -   Fonte: Ascom/MMA

Servidores de qualquer órgão da administração pública podem se inscrever para o curso de capacitação da A3P


O Ministério do Meio Ambiente (MMA) abre as inscrições para a segunda turma do Curso de Sustentabilidade na Administração Pública da A3P. Estão disponíveis 40 vagas. O curso tem o objetivo de aprimorar e ampliar as ações de sustentabilidade na gestão pública e reforçar a implementação do programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) nos órgãos públicos.

Podem participar servidores de qualquer órgão da administração pública. O curso acontecerá de 25 a 27 de setembro, em Brasília. Os interessados em participar podem mandar e-mail, até 20 de setembro, para a3p@mma.gov.br com os seguintes dados: nome, órgão, setor, telefone e e-mail. A primeira turma contou com a participação de mais de 30 servidores de vários órgãos da administração pública.

Rotina Sustentável


“O curso forneceu orientações sobre como tornar mais sustentável a rotina do órgão e criou um frutífero espaço de discussão entre os alunos, com troca de experiências, dificuldades e soluções criativas para a implantação da A3P”, destaca a analista ambiental Angelita Coelho, da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA.

Os participantes aprenderão sobre como gerenciar projetos, construções sustentáveis, eficiência energética, eficiência no uso da água, gestão de resíduos (plano de gerenciamento), qualidade de vida no ambiente de trabalho, sensibilização e capacitação dos servidores, análise do ciclo de vida e licitações sustentáveis.

O conteúdo está de acordo com os eixos temáticos do programa A3P, cuja proposta é estimular a reflexão sobre a responsabilidade socioambiental e a mudança de atitude no ambiente de trabalho. Atitudes como imprimir nos dois lados da folha, apagar a luz ao sair do ambiente, realizar compras públicas sustentáveis que priorizem critérios ambientais, dentre outras, exemplificam possíveis mudanças no ambiente de trabalho.

Atualmente, mais de 150 órgãos tem termo de adesão assinado com a A3P e mais de 400 servidores participam da rede A3P- canal de comunicação que serve para troca de experiências dos participantes.

15º Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente

17/09/2013
Agência FAPESP – A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) promove, nos dias 2 e 3 de dezembro, a 15ª edição do Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente (Engema).
Com o tema “Ética e Sustentabilidade Socioambiental na empresa inovadora”, o evento reúne pesquisadores, profissionais, empresários e gestores públicos e privados envolvidos em novas abordagens em gestão ambiental nas empresas.
A programação inclui apresentação de trabalhos, estudos de caso e palestra internacional. Os interessados em enviar trabalhos têm até o dia 20 de setembro para submetê-los por meio do site do evento, respeitando uma das quatro linhas temáticas sugeridas: estratégia socioambiental; abordagens técnicas de gestão ambiental; gestão socioambiental setorial; e meio ambiente e sociedade.
O período de inscrições vai de 1 a 25 de novembro.
As regras para o envio dos trabalhos e demais informações podem ser acessadas em http://engema.org.br 

Mudanças no clima podem tornar obsoletas as unidades de conservação do país

Deslocamento de animais em busca de melhores condições climáticas deve mudar a distribuição da fauna brasileira – e colocá-la fora de áreas protegidas (foto de catita, marsupial da Mata Atlântica: Yuri Leite/Ufes)
17/09/2013
Por Noêmia Lopes
Agência FAPESP – Os efeitos do aquecimento global no Brasil provocarão deslocamentos de aves, mamíferos, anfíbios e outros animais em direção a regiões com temperatura e umidade mais compatíveis às suas necessidades, indicam estudos da Rede Brasileira de Pesquisa e Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima) em diferentes biomas.
“Em consequência dessa movimentação, nosso atual sistema de unidades de conservação pode ficar obsoleto ou não muito eficiente”, afirmou Alexandre Aleixo, coordenador da sub-rede Biodiversidade e Ecossistemas da Rede Clima e pesquisador do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), durante a 1ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais (Conclima), ocorrida em São Paulo na semana passada.
Um dos grupos vinculados à sub-rede, formados por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), debruçou-se sobre a situação de 431 espécies de anfíbios que habitam a Mata Atlântica e fez projeções para o futuro (até 2080) a partir de três modelos climáticos.
Os resultados, publicados em artigo na revista PLoS One, projetam uma redução de 72% na área atual de distribuição desses anfíbios e a extinção regional de 12% das espécies. “Nesse cenário, muitos dos animais terão de se dispersar para outros locais, uma vez que as condições de temperatura e umidade já não lhes serão adequadas”, explicou Aleixo.
O artigo também indica quais seriam os pontos prioritários do bioma em termos de inclusão nos sistemas de conservação, a fim de oferecer proteção às espécies que forem forçadas a se deslocar por conta das mudanças climáticas.
Ainda sobre o bioma Mata Atlântica, uma segunda pesquisa apresentada por Aleixo – um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com base em análises estatísticas para 2050 – revela o impacto das alterações no clima sobre a riqueza de espécies de aves.
Considerando apenas o aumento de temperatura, 117 espécies podem perder área de distribuição, seis podem entrar no grupo de espécies ameaçadas e uma espécie pode ser extinta. Considerando o aumento de temperatura e a ocorrência de desmatamento, os números sobem para 120, 14 e dois, respectivamente.
“Também deve ocorrer movimentação entre as aves. Mas fica bastante claro que não são somente os deslocamentos que preocupam – a possibilidade de mais espécies ficarem ameaçadas requer atenção”, afirmou Aleixo.
De acordo com o pesquisador, a situação é semelhante para outros grupos de animais, em diferentes regiões do país, como exemplifica um segundo estudo da UFG, que também resultou emartigo publicado na PLoS One.
Desenhando cenários sobre o impacto das mudanças climáticas na distribuição das 55 espécies de marsupiais que ocorrem no Brasil, concluiu-se que em 2050 a maioria das espécies pode ter uma redução significativa de habitats adequados.
As taxas de movimentação, nesse caso, também seriam relativamente altas, mas com variações ao redor do país. Os locais com clima atrativo seriam alguns pontos da região dos Pampas, a porção sul da Mata Atlântica, o norte do Cerrado e da Caatinga e o noroeste da Amazônia.
Já para o bioma Amazônia, diversos modelos climáticos preveem que o setor de menor umidade, próximo a Tocantins, vai se tornar ainda mais seco.
“As nossas previsões para 2020 e 2050 também apontam para um impacto muito maior das mudanças climáticas no sul da Amazônia do que ao norte da região, em função de variáveis ambientais e de altas taxas de desmatamento. Podemos ter um colapso do sistema florestal no sudeste da Amazônia, com imensos prejuízos para a biodiversidade”, disse Aleixo.
Esses e outros resultados da sub-rede Biodiversidade e Ecossistemas contribuem para responder uma das questões norteadoras do grupo: historicamente, ao longo da evolução das espécies, outras modificações climáticas teriam contribuído para a aquisição de uma resiliência natural por parte de alguns animais?
“Por enquanto, não temos indícios disso”, afirmou Aleixo. “As evidências mostram que a fauna sofre com as grandes modificações – no caso amazônico, particularmente com os processos de secamento da floresta.” 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Rio lança inventário para analisar situação da Mata Atlântica no estado

16/09/2013 - 11h42
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Com o objetivo de estudar a situação da Mata Atlântica, foi lançado hoje (16) o primeiro Inventário Floresta Nacional no município de São Pedro da Aldeia, na Região Lagos, no estado do Rio. A principal meta da iniciativa, organizada pela Secretaria Estadual de Ambiente (SEA), é levantar dados das espécies vegetais existentes em diversas áreas da região, a partir da coleta de materiais botânicos, para conhecer os ecossistemas da Mata Atlântica, como restingas e manguezais.
Segundo estimativa da SEA, a ação, que integra o Plano Nacional de Meio Ambiente, deve durar pelo menos dois anos. Equipes da secretaria, formadas por engenheiros florestais e biólogos, farão a coleta de folhas, frutos e flores, além de amostras do solo.  
De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, as discussões vão consolidar mecanismos de cobertura para o monitoramento de áreas de mata no Rio de Janeiro. "Precisamos conhecer todo esse espaço para estruturar ações de preservação. Temos que verificar espécies que se fortaleceram e também aquelas em extinção. Essas discussões precisam ter serventia para a população, porque é nesse tipo de debate que se formam parcerias. Temos que trazer benefícios de maneira responsável e sustentável, que é o mais importante", disse Minc.
Durante a cerimônia de lançamento do inventário, o prefeito de São Pedro da Aldeia, Cláudio Chumbinho, assinou decreto oficializando a criação do Parque Natural Municipal da Mata Atlântica Aldeense, com 268 hectares, abrangendo os morros dos Milagres e dos Frades. Foram plantadas mudas na Faixa Marginal de Proteção (FMP) da Lagoa de Araruama, com a presença de pescadores do município que estão recebendo ajuda financeira devido à proibição temporária da pesca no período de defeso - devido à reprodução -, que acaba em 31 de outubro.
Edição: Graça Adjuto

Monge que tem familiares em Fukushima escreve à Dilma contra o acordo nuclear Brasil- Japão

Exma Sra Dilma Roussef
Digníssima Presidenta
Republica Federativa do Brasil
Brasília, 5 de setembro de 2013.
Eu me dirijo à senhora, muito preocupado com o encontro que teve com o Primeiro Ministro Abe em San Petersburgo, Rússia, na reunião dos G-20, em que um dos temas tratados teria sido o Acordo de Tecnologia Nuclear entre o Brasil e o Japão.
Sou brasileiro, pai brasileiro e mãe japonesa.  Já como professor de economia na USP, fui discriminado pela ditadura que então se instalava, exilei-me no Chile do Allende e preso no Brasil, ao retornar. Participei da fundação do PT e da formação dos primeiros governos democrático-populares. Hoje sou monge budista, sem renegar o passado e cônscio das potencialidades e limitações das ações governamentais e condicionantes internacionais. 
Estive em Fukushima várias vezes. Minha mãe é de lá, tendo sido um irmão seu - enquanto governador daquela província - o responsável pela instalação da primeira usina nuclear japonesa. 
Neste ano, fui a Fukushima especialmente no segundo aniversário da tragédia ocorrida no dia 11 de março de 2011. Embora lá tenha estado também no ano passado, desta vez a impressão foi tão forte que me marcou como um divisor de águas para pensar o futuro da humanidade.
O que eu vi parecia tranquilo, os estragos do terremoto e tsunami já em reconstrução e pude ir até perto da usina nuclear que explodiu, mesmo correndo o risco de radiação acima do limite de perigo.  Só estranhei a expressão das crianças que vi no caminho, muito quietas e apáticas.  Entretanto, entrevistando os adultos diretamente afetados, eles expressaram angustia e desesperança.  Conversando com pessoas que continuavam em atividades de apoio e solidariedade, senti certo ar de conformação e impotência.  Mas, ouvindo os empresários, burocratas e políticos, percebi muita falsidade e hipocrisia. 
Angustia e desesperança, conformação e impotência expressam a crise da civilização, o fosso que se abre entre o formidável avanço científico-tecnológico e a organização socioeconômica ineficiente e imoral que fomenta a falsidade e a hipocrisia.  Passando por cima da tradição cultural e comunitária, isso está acontecendo com o Japão, apesar de ser hoje um dos países mais ricos do mundo.  
O Japão ainda não resolveu a questão das usinas nucleares sob nenhum ponto de vista, que seja técnico, social ou econômico.  Não é só Fukushima que continua vazando por ar e pela água e provoca apreensão mundial, mas toda a nação está preocupada, insegura e desconfiada com as quase 50 usinas nucleares espalhadas pelo país.  A crítica sobre o próprio sistema de produção e consumo, assim como do modelo energético, está aumentando.
Quase cem entidades civis no Japão estão questionando a intenção do Acordo Nuclear com o Brasil e aqui, nacionalmente, muitos movimentos estão se organizando.  Isso terá repercussão no mundo todo em que as usinas nucleares estão sendo fechadas ou cerceadas devido a sua periculosidade atual ou potencial.   Ou o Brasil está comprando gato por lebre empurrado e influenciado por corporações inescrupulosas que só visam o lucro até na venda de projetos imprestáveis e exportação de reatores perigosos e colocados em desuso, ou há interesse em desenvolver aparatos bélicos nucleares que lembrem Hiroshima e Nagasaki?
O povo japonês está sofrendo e pagando muito caro por tudo isto.  O nosso povo não precisa passar por esse sacrifício.  Já se comprovou que a geração nuclear não é limpa nem segura e, do ponto de vista econômico, depende de muitos subsídios e seguros caríssimos que assegurem o retorno do investimento - mais que o dobro do custo da própria geração da energia - sempre custeados pelos contribuintes.  É nisto que as corporações estão interessadas.   
Além disto, a mineração de urânio é sabidamente nociva para a saúde dos trabalhadores e polui o meio ambiente, o armazenamento do combustível irradiado é perigoso por mais cuidado que se tome até porque não tem cheiro nem cor e o dejeto nuclear decorrente, por mais profundo que seja o buraco onde joguemos, os seus efeitos radioativos fatais são quase eternos.   E a maldade humana em querer experimentar as armas nucleares?
Não há nada de bom para herdarmos esse fantasma para as futuras gerações.  
No mundo todo está aumentando o uso de energias renováveis e a tendência é que em 2050 já seja de 80%.  Muitas alternativas estão se desenvolvendo rapidamente com o extraordinário e rápido avanço da ciência e tecnologia como fez os agilíssimos PCs a substituir os pesados mainframes, o acessível e universal e-mail a tornar obsoleto o envio de cartas pelo correio.  E o Brasil dispõe de muito sol e brisa, além da capacidade e potencial de pesquisa e desenvolvimento!   
Escrevo à senhora como presidenta fadada a levar o Brasil ao equilíbrio econômico e social como coloca-lo no caminho da liderança em desenvolvimento qualificado e pacífico.  Nisto o Japão pode colaborar em muitos aspectos e nós sermos solidários com o seu sofrimento atual.  Lembro também que foi a senhora que instituiu o Dia Nacional do Buda pela Lei No. 12.623 de 09 de Maio de 2012, tornando-se benfeitora do budismo que sempre pregou paz, equilíbrio e Bem Aventurança pelo mundo. 
Atenciosamente.
NAMASTE – NAMANDABU

Monge Ademar Kyotoshi Shôjo Sato   

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