sexta-feira, 17 de abril de 2009

ALUNOS DE GESTÃO AMBIENTAL DO INSTIST DE PARACAMBI PARTICIPAM COMO VOLUNTÁRIOS EM PROJETO DE MONITORAMENTO DE ÁGUAS DA FIOCRUZ

Monitoramento da qualidade de rios será implantado em Paulo de Frontin (RJ)

por Marcelo Garcia

Na foto de Gutemberg Brito, os alunos Aloisio, Laura e Aluisia do Curso de Gestão Ambiental do Instituto Superior de Tecnologia da FAETEC/Paracambi

No dia 11 de outubro foi realizada a reunião de encerramento do primeiro ano do projeto Agente das águas, desenvolvido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC) no município de Paulo de Frontin, interior do Rio de Janeiro. Coordenadores e voluntários comemoraram os resultados do programa, desenvolvido em parceria com o governo municipal. A partir dos dados produzidos, a prefeitura pretende desenvolver uma rede de saneamento básico para a região e atuar de forma mais incisiva na proteção e recuperação das bacias hidrográficas locais. Para isso, serão realizadas obras que receberão verbas do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. O planejamento para o próximo ano inclui colocar em prática as medidas do projeto e buscar maior conscientização da comunidade local para os problemas ambientais.

A proposta do projeto Agente das águas é realizar a avaliação da qualidade da água de rios e nascentes de forma mais simples, barata e eficaz. A qualidade da água é monitorada através de quatro critérios: ambiental, que analisa a qualidade das matas ciliares, o fluxo do rio e o grau de sedimentação; físico-químico e bacteriológico, que analisa o grau de poluição da água; biológico, que estuda as condições em que se encontra a fauna aquática da região; além de análises da pluviosidade e da vazão do rio.
Para realizar as análises, o projeto conta com a participação da comunidade, através de voluntários que passaram por um curso de capacitação. O grupo reúne 18 moradores de Paulo de Frontin e de municípios vizinhos, que foram divididos em grupos de quatro pessoas para realizar avaliações semanais da qualidade da água, através de métodos simples e eficientes. “Nos primeiros meses, selecionamos e treinamos voluntários, para garantir que os resultados pudessem ser utilizados para embasar planos de gerenciamento dos recursos hídricos”, descreve o biólogo Daniel Buss, coordenador do projeto e pesquisador do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do IOC.
"As análises utilizadas pelo projeto reduzem significativamente os custos envolvidos no monitoramento da qualidade da água. Além disso, a metodologia empregada, que pode ser aprendida em apenas 48 horas, tem quase a mesma eficiência das técnicas tradicionalmente utilizadas", Daniel apresenta. O biológo ressalta, ainda, ser impossível monitorar as bacias hidrográficas de um país gigantesco como o Brasil sem a participação das populações locais: “As agências ambientais e a Academia não têm condições de estar em todos os lugares e acabam concentrando seus esforços em pequenas áreas ou realizando o monitoramento de forma dispersa e sem periodicidade, através de análises via satélite que impossibilitam a detecção de um problema no momento em que ele ocorre. Por isso, as comunidades locais devem funcionar como vigilantes ambientais, detectando pequenas alterações a tempo de solucionar o problema”, informa.
O projeto Agente das águas surgiu a partir de análises realizadas por outro grupo de voluntários, do município de Paracambi, também no Rio de Janeiro, que denunciaram a péssima qualidade da água vinda de Paulo de Frontin, que já chegava poluída a Paracambi. Os resultados obtidos no primeiro ano do projeto comprovam a situação precária da rede fluvial da região: apesar de muitos dos rios parecerem limpos, quase todos se mostraram em péssimo estado, sobretudo quando considerados os medidores biológicos. “Os rios de Paulo de Frontin pareciam abandonados, não recebiam a atenção que deveriam”, analisa o voluntário Márcio Ramalho, de 35 anos. “Mas não podemos esquecer que aqui nasce, por exemplo, o Rio dos Macacos, um dos principais afluentes do Guandu, que abastece o Estado do Rio de Janeiro”, alerta.
A parceria entre o IOC e a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Paulo de Frontin já possibilitou muitas conquistas. A principal delas é a elaboração de um projeto de saneamento para o município de Paulo de Frontin, que será executado a partir de 2008 com verbas federais do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). “Com base nos dados levantados, foi possível criar um plano para implementar uma rede de infra-estrutura sanitária no município, além de trabalhos com potabilidade da água e de recuperação das matas ciliares”, explica Regina Marques, secretária municipal de Meio Ambiente de Paulo de Frontin.
Para Valesca Alves, uma das coordenadoras do projeto, a adoção dessas políticas públicas seria impossível sem o trabalho da comunidade. “Graças ao estudo, a prefeitura conseguiu sair na frente de vários municípios da região na busca de verbas para resolver os problemas. E nós também conseguimos produzir informação suficiente para que empresas poluidoras fossem notificadas e tivessem que modificar suas práticas”, orgulha-se.
Outro aspecto importante do projeto, destacado pelo voluntário Márcio Ramalho, é a conscientização da comunidade, que passa por um processo de educação ambiental. “Passamos a ter mais consciência de que somos peças dentro da engrenagem, que temos responsabilidade na preservação”, afirma. "A longo prazo, este tipo de atividade tende a fortalecer a comunidade para atuar em Comitês de Gestão de Bacias Hidrográficas, que hoje atendem somente aos interesses das grandes empresas. O que pretendemos com o projeto Agente das águas é capacitar a comunidade para gerar dados e qualificar seu discurso no processo de tomada de decisão. Esta conscientização é nossa meta para os próximos anos", Daniel confirma.
Para o segundo ano do projeto, o objetivo é colocar em prática as soluções criadas e expandir a conscientização sobre a importância da preservação a toda comunidade. “É preciso mostrar às pessoas que vale a pena lutar por isso, transformando a iniciativa de 18 voluntários no esforço de 18 mil moradores”, propõe Daniel. O projeto Agente das águas já foi realizado em outras regiões do Rio de Janeiro, como Guapimirim, Baixada Fluminense e em bairros da capital. É desenvolvido também em outros Estados do país, como Amazonas, Espírito Santo e Paraná, onde atinge sete municípios e conta com centenas de voluntários.

terça-feira, 14 de abril de 2009

RECICLAGEM É FONTE DE INCLUSÃO SOCIAL?

POR OSWALDO MENDES

Se MPB é Música Popular Brasileira, qual o motivo do samba não ser enquadrado neste modelo? Tenha certeza que o samba não se encontra na lista dita como MPB, mas sim, nesta lista encontram-se alguns gênios da música que cantam samba.
Imaginem Bezerra da Silva cantando MPB, mas quando regravado, fica lindo. Não é? Ninguém critica quem escuta MPB, pois são pessoas cultas, mas quem escuta samba. Coitado!
Quando um caminhão carregado de tijolos fura um pneu na Ponte Costa e Silva(Rio-Niterói) é igual a quando ditos “ativistas” que paralizam duas cidades, por horas. Coitado.... do motorista.
Se pessoas fazem parte do ambiente, como escolher entre primeiro ambiente e pessoas. De novo, coitado do motorista.
É muito fácil ser ecologista atualmente. Em 1994, Michel Porter avisou que Meio Ambiente daria muito lucro. E assim se fez verdade.
Reduzir, Reciclar e Reutilizar é dito aos brados, mas poucos citam o conceito do Poluídor Pagador, pois este fere no seu bolso e muito menos modelos como ACV – Análise de Ciclo de Vida – NBR 14040 e NBR 14044(em revisão atualmente).
“Conhecer globalmente, mas agir localmente.” É considerada a base da Educação Ambiental.
Repassar à população a responsabilidade de tratar o seu resíduo é muito mais barato do que fazer uma Logística Reversa Ambiental. Adicione-se ainda a este quadro a baixa escolaridade de grande parte da população, a racionalização do trabalho, onde processos repetitivos são automatizados e a crise internacional da bolha imobiliária.
Levar da fábrica aos postos de venda garrafas e mais garrafas de refrigerante utilizando-se PET é a logística direta, que é relativamente fácil. Mesmo modelo para pilhas, pneus, tetra pak e outros. Agora fazer com que seja dado a estes resíduos um tratamento adequado ou retorno a produção para tratamento que é difícil. É a Logística Reversa Ambiental.
Como citei resíduos, a norma deve ser adotada para classificação é a NBR 10.004:2004. Em empresas deve-se cumprir a NR – 25(Norma Regulamentadora 25 do Ministério do Trabalho e Emprego – www.mte.gov.br )
Lembrando que o conceito de “desenvolvimento sustentável” leva em conta dois pontos: a economia e o Meio Ambiente.
Já o conceito de Sustentabilidade, além dos dois constantes em “Desenvolvimento Sustentável” leva também em conta a Sociedade.
Agenda 21, Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e o GRI devem ser objeto constante da atenção, seja da população ou de seus representantes legais.
Note que pouco se fala sobre o PPP – Princípio Poluidor Pagador e da Análise de Ciclo de Vida. Será qual o motivo? Quem pariu Matheus que o embale? Filho feio não tem pai? Desovar para a população a nossa responsabilidade? Socializar o prejuízo (ambiental)?
Trabalho onde “Agentes Ambientais” fazem a coleta de resíduos para reciclagem já é conhecido pela população a decênios. Processo onde o intermediário leva a grande vantagem. Aqueles que deste processo estão na ponta (catadores) é por muitas vezes estudado, mas efetivas propostas para que deste modelo não seja dependente, é muito mais difícil.
Para não fazer o aumento do sofrimento de pessoas é muito importante que não sejam tratados como peixes em um aquário ou como sambistas que não sabem cantar MPB.

SEMINÁRIO SOBRE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADAS NA PUC/RJ

Seminário sobre Recuperação de Áreas Degradadas vai mostrar pesquisa realizada em Cachoeiras de Macacu O Departamento de Engenharia Civil realizará na próxima quinta-feira (16/4) um seminário para apresentar a pesquisa de Recuperação de Áreas Degradadas executada pelo Laboratório de Avaliação, Monitoramento e Mitigação Ambiental no distrito de Japuíba, em Cachoeiras de Macacu (RJ). O seminário será ministrado pelo professor José Araruna, que vai mostrar os trabalhos de investigação de campo e laboratorial, as análises de estabilidade e o projeto final de recuperação da voçoroca gerada pela atividade agropecuária da região. O seminário é aberto aos interessados, às 16 h, na sala 501-L.
Semana de Meio Ambiente deve ter “alto impacto sensorial” Começaram na sexta-feira (3/4) os encontros para a organização da XV Semana de Meio Ambiente<http://www.nima.puc-rio.br/sobre_nima/eventos/sma2009/index.html>com a presença da turma de Eco-inovação (Design/Desenho Industrial), do professor Fred Gelli, o DCE (Diretório Central dos Estudantes), e a equipe do NIMA. Neste primeiro encontro se discutiu a necessidade da criação de suportes de comunicação adequados, que ofereçam baixo impacto na confecção de filipetas, cartazes e material em geral.
Outro ponto levantado foi a importância da participação dos alunos de todas as áreas na realização do evento. A multidisciplinaridade foi comparada a uma cesta de palha, onde a PUC é o esqueleto com fios de palha e os estudantes são as tramas que dão molde e estrutura ao cesto. A turma de Eco-inovação pretende utilizar sua arte e inventividade para persuadir as pessoas a participarem dessas idéias. A Semana de Meio Ambiente “pode ter baixo impacto ambiental, mas precisa ter alto impacto sensorial”, disse Gelli. As reuniões estão abertas aos interessados todas as terças às 14h no DCE. <http://www.nima.puc-rio.br/noticias/imagens/fred_front.jpg>

quinta-feira, 9 de abril de 2009

POTENCIALIDADES DO BAMBU, COMPOSITOS DE TERRA CRUA E FIBRAS NATURAIS

A seguir infomação sobre uma palestra que será apresentada pelo presidente da nossa associação, Prof. Khosrow Ghavami, no dia 17 de Abril, na PUC -Rio.

Atividade: Palestra Tema: Potencialidades do Bambu, Compositos de Terra Crua e Fibras Naturais apropriadas para uma tecnologia Verdadeiramente Sustentavel.Objetivo: Apresentar alguns resultados das pesquisas realizadas a partir de 1979, na PUC-Rio, voltadas para materiais disponiveis localmente, como bambu, compositos de terra crua e cimentícios, reforçados com fibras naturais. O objetivo é demonstrar que existem grandes potencialidades dos materiais e tecnologias disponíveis nos países em desenvolvimento, que não foram estudados nas universidades e institutos de pesquisa desses países, por razão de dependência dos modelos dos países industrializados. Desse modo, um desenvolvimento tecnológico autônomo é possível através do resgate e atualização de materiais e técnicas pré-industriais, conduzindo a soluções de engenharia de baixo impacto ambiental, em objetos e materiais mais econômicos e mais eficazes que o convencional, reforçando, por outro lado, os valores territoriais na vida cotidiana. Isso é possivel através da geração de uma atitude direcionada à interdisciplinaridade entre os pesquisadores e colaboração interinstitucional. Os resultados positivos de 30 anos desta pesquisa integrada, com divulgação internacional, fez do grupo do NOCMAT - Non Conventional Materials and Technologies, com sede na PUC-Rio, ser procurado intensamente por univesidades e pesquisadores dos países industrializados, como EUA, países europeus, China e Japão.Horário: das 13h às 14hLocalização: Auditório RDC - Ed. Rio Data Centro (PUC-Rio)Professor: Khosrow Ghavami
Número máximo de participantes: 150

*** senhas serão entregues meia-hora antes, no próprio laboratório ***

terça-feira, 7 de abril de 2009

ÁGUA E ENVELHECIMENTO


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Sempre que dou aula de Clínica Médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta: "Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?"Alguns arriscam: "Tumor na cabeça:".Eu digo: "Não".Outros apostam: "Mal de Alzheimer". Respondo, novamente: "Não".A cada negativa a turma espanta-se. E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais comuns: diabetes descontrolado; infecção urinária; a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa.Parece brincadeira, mas não é. Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos. Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam se com rapidez. A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira"), angina (dor no peito), coma e até morte.Insisto: não é brincadeira.Ao nascermos, 90% do nosso corpo é constituído de água. Na adolescência, isso cai para 70%. Na fase adulta, para 60%. Na terceira idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento.Portanto, de saída, os idosos têm menor reserva hídrica.Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.Explico: nós temos sensores de água em várias partes do organismo. São eles que verificam a adequação do nível. Quando ele cai, aciona-se automaticamente um "alarme". Pouca água significa menor quantidade de sangue, de oxigênio e de sais minerais em nossas artérias e veias. Por isso, o corpo "pede" água. A informação é passada ao cérebro, a gente sente sede e sai em busca de líquidos.Nos idosos, porém, esses mecanismos são menos eficientes. A detecção de falta de água corporal e a percepção da sede ficam prejudicadas. Alguns, ainda, devido a certas doenças, como a dolorosa artrose, evitam movimentar-se até para ir tomar água.Conclusão:idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Além disso, para a desidratação ser grave, eles não precisam de grandes perdas, como diarréias, vômitos ou exposição intensa ao sol. Basta o dia estar quente ou a umidade do ar baixar muito. Nessas situações, perde-se mais água pela respiração e pelo suor. Se não houver reposição adequada, é desidratação na certa. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.Por isso, aqui vão dois alertas. O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Bebam toda vez que houver uma oportunidade. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite. Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro. Lembrem-se disso!Meu segundo alerta é para os familiares: Ofereçam constantemente líquidos aos idosos. Lembrem-lhes de que isso é vital. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e de um dia para o outro ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção. É quase certo que esses sintomas sejam decorrentes de desidratação. Líquido neles e rápido para um serviço médico.
Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de C línica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

OFICINA DE PET

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