segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O PROBLEMA FOI PREVISTO POR ESPECIALISTA...COMO SEMPRE NINGUÉM FEZ NADA!!!

Segundo matéria de hj 17/01/2011 do JORNAL EXTRA/RJ, a AGENDA 21 DO COMPERJ fez diagnóstico das áreas de risco dos munícipios atingidos pelas chuvas, outro estudo mais específico da Fundação Copetec - UFRJ, prevê a criação de um sistema de alerta de cheias na Bacia do Rio Piabanha, que corta os municípios de Petrópolis, Teresópolis e Areal.
Confiram a matéria na íntegra.

PARABÉNS AO EXCELENTE TRABALHO DE RESGATE AOS ANIMAIS VÍTIMAS DA TRAGÉDIA NA REGIÃO SERRANA DO RJ

Parabéns a COMISSÃO DE DEFESA ANIMAL DA ALERJ pelo excelente trabalho de resgate ao animais vítimas da catástrofe da região serrana, os sobreviventes humanos foram prontamente atendidos durante os resgates e etc. mas quem vai cuidar dos animais que perderam seus donos, suas casas, seus cantinhos secos? Temos que entender que os peludos são totalmente dependentes dos nossos tratos (as vezes maus-tratos) e eles também precisam de socorro e carinho nesta hora tão difícil!!!
Mais uma vez PARABÉNS, em especial ao Fabiano Jacob e a Andrea Lambert.


ATO PÚBLICO CONTRA O LIXO EM SEROPÉDICA 10/12/2010

Não à naturalização do descaso

O governo federal divulgou nos últimos dias os dados sobre os impactos provocados pelas chuvas em 2010. Foram atingidas 7,8 milhões de pessoas em 1.211 municípios. Registraram-se 473 mortes e mais de 100 mil desabrigados. Esses números, infelizmente, mantêm a curva ascendente que se verifica ano após ano.


De 2007 a 2009, a população afetada dobrou, de 2,5 milhões para 5,5 milhões. A primeira semana de 2011 ainda não havia terminado e já tomávamos conhecimento pela imprensa das primeiras vítimas das chuvas no ano, como Deise e seu filho Tauã em Mauá (SP), um homem de 38 anos em Santa Rita do Sapucaí (MG) e três crianças na região de Petrópolis (RJ).

Tenho dito que os eventos são naturais, mas a exposição de pessoas, principalmente a população mais pobre, a esses eventos é fruto da omissão do Estado brasileiro. Sabemos que o aquecimento do clima provoca eventos extremos com mais intensidade e mais freqüência.

Avançamos no conhecimento e na capacidade de previsão dos ciclos climáticos. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) anunciou no final do ano passado o início dos testes com o supercomputador Tupã, um dos mais potentes no mundo. Ele se soma a uma equipe de técnicos e cientistas qualificados, entre eles o próprio diretor-geral do Inpe, Gilberto Câmara, e um dos maiores especialistas em Mudanças Climáticas, Carlos Nobre, recem empossado como Secretário Nacional de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministro de Ciência e Tecnologia.

A intenção do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, é criar um centro de prevenção de catástrofes. Nada mais oportuno, posto ser fundamental transformar as informações já disponíveis (e são muitas) em ações efetivas, em capacidade de organização para evitar que eventos naturais se transformem em tragédias para a vida de milhões de famílias a cada final e início de ano.

O Plano Nacional sobre Mudança do Clima dedica poucas linhas para uma questão central em qualquer política de prevenção – o Mapa de Vulnerabilidades. Os avanços obtidos desde a publicação do Plano, em dezembro de 2008, ainda são tímidos nessa área.

A estruturação de um Sistema Nacional de Defesa Civil também é incipiente, sem uma carreira definida para seus agentes e com previsão da reativação do Fundo Nacional ainda pouco clara. Ainda estamos na situação de direcionar muito mais recursos para a recuperação de danos do que a prevenção. No ano passado, foram R$ 1,84 bilhões destinados após a ocorrência de desastres ambientais e R$ 128 milhões para evitar que eles acontecessem.

O Mapa de Vulnerabilidades é apenas a base para o desenvolvimento de um Sistema de Alerta a eventos críticos, que precisa contemplar a construção de obras preventivas, como “piscinões” e proteção de encostas, e a remoção das casas em áreas de risco, nos casos em que as obras não são capazes de eliminar o risco. Mas essas ações específicas só funcionarão se as questões mais estruturantes forem adequadamente tratadas, como saneamento básico, recolhimento e correta destinação do lixo, respeito à legislação ambiental (principalmente em relação às Áreas de Proteção Permanente) e um forte investimento em planejamento urbano, com a implementação efetiva dos Planos Diretores e o respeito aos Códigos de Postura municipais.

Como vemos, a natureza das ações é ampla e envolve vários ministérios e governos estaduais e municipais. Por isso propus aos dois candidatos, no início do segundo turno da campanha eleitoral, a criação de uma Agência reguladora para a Política Nacional de Mudanças Climáticas.

A então candidata Dilma mostrou concordância com a criação de uma instância para “coordenar, implementar e monitorar” iniciativas nesse setor. Na fase de transição de governo, foi comentada pela imprensa a possibilidade de criação de uma Secretaria Especial vinculada à Presidência da República, o que acabou não se efetivando.

Frente aos primeiros sinais de agravamento da situação que pode afetar milhões de famílias, a presidente Dilma deveria convocar, por meio da Casa Civil, os ministros mais diretamente relacionados à prevenção e resposta aos desastres ambientais para articular as ações que possam evitar, ou pelo menos minimizar, novas tragédias. O Conselho Nacional de Defesa Civil também deveria ser reunido o mais rapidamente possível para acelerar os processos de estruturação do Sistema Nacional.

Em suma, não podemos esperar as próximas manchetes na imprensa para tomar providências.

Marina Silva, 52, é senadora do Acre pelo PV, foi candidata do partido à Presidência da República nestas eleições e ministra do Meio Ambiente do governo Lula (2003-2008).

'BRASIL NÃO É BANGLADESH. NÃO TEM DESCULPA', DIZ CONSULTORA DA ONU

Por Jamil Chade, estadao.com.br, Atualizado: 14/1/2011 0:54



Desastres naturais de proporções assustadoras, como os que ocorreram na região serrana do Rio de Janeiro, geralmente são causados por uma rara combinação de fatores, como uma chuva de intensidade anormal, a existência de solo encharcado e instável em decorrência de chuvas anteriores, declives acentuados, falta de vegetação adequada, entre outros. Mas desastres como esses só se transformam em tragédias humanas porque, com a tolerância e até o estímulo irresponsável do poder público, áreas sob risco permanente de deslizamentos são ocupadas desordenadamente. Na região serrana fluminense, nas encostas e nas áreas devastadas pela avalanche de lama e pedras encontram-se desde favelas até residências de padrão elevado, sítios de lazer e hotéis de luxo.


A ocorrência, há décadas, de tragédias semelhantes à registrada agora em Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis e Sumidouro - os municípios mais afetados pelos deslizamentos que, além das centenas de mortes, provocaram o caos, com a interrupção dos serviços urbanos essenciais, o que dificultou ainda mais o socorro às vítimas - deveria ter servido de alerta às autoridades no sentido de adotar medidas preventivas para, pelo menos, reduzir os efeitos das tempestades de verão.

Em 1967, a região de Petrópolis foi duramente castigada por um temporal que provocou a morte de 300 pessoas. No ano passado, deslizamento em Angra dos Reis matou 53 pessoas e desalojou outras 3.500. Em todo o Estado do Rio, desastres naturais decorrentes das chuvas provocaram a morte de 74 pessoas em 2010.

Foi graças à imprevidência das autoridades - para não dizer descaso - que se repete em 2011 a tragédia de 1967. Além de afetar dolorosamente a vida das famílias, a falta de projetos e ações destinadas a evitar a ocorrência de desastres naturais em áreas ocupadas por residências tem um forte impacto financeiro. Por não aplicar o que pode em prevenção, o governo acaba tendo de gastar muito mais em obras de recuperação. Que a presidente Dilma aproveite este primeiro desafio a que é submetida para demonstrar que não veio apenas para continuar o que Lula fez. Está dado o recado!

“BRASIL NÃO É BANGLADESH. NÃO TEM DESCULPA”

Nesta sexta-feira (14), a consultora da ONU e diretora do Centro para a Pesquisa da Epidemiologia de Desastres, Debarati Guha-Sapir, considerada uma das maiores especialistas no mundo em desastres naturais e estratégias para dar respostas a crises, falou ao Estado (www.estadao.com.br) e lançou duras críticas ao Brasil. Para ela, só um fator mata depois da chuva: 'descaso político.' Aproveitou e fez um alerta: 'O Brasil não é Bangladesh e não tem nenhuma desculpa para permitir, no século 21, que pessoas morram em deslizamentos de terras causados por chuva.'

Vamos às declarações de Dabarati.

- Como a senhora avalia o drama vivido no Brasil?

- Não sei se os brasileiros já fizeram a conta, mas o País já viveu 37 enchentes, em apenas dez anos. É um número enorme e mostra que os problemas das chuvas estão se tornando cada vez mais frequentes no País.

- O que vemos com o alto número de mortos é um resultado direto de fenômenos naturais?

- Não, de forma alguma. As chuvas são fenômenos naturais. Mas essas pessoas morreram, porque não têm peso político algum e não há vontade política para resolver seus dramas, que se repetem ano após ano.

- Custa caro se preparar?

- Não. O Brasil é um país que já sabe que tem esse problema de forma recorrente. Portanto, não há desculpa para não se preparar ou se dizer surpreendido pela chuva. Além disso, o Brasil é um país que tem dinheiro, pelo menos para o que quer.



- E como se preparar então?

- Enchentes ocorrem quase sempre nos mesmos lugares, portanto, não são surpresas. O problema é que, se nada é feito, elas aparentemente só ficam mais violentas. A segunda grande vantagem de um país que apenas enfrenta enchentes é que a tecnologia para lidar com isso e para preparar áreas é barata e está disponível. O Brasil praticamente só tem um problema natural e não consegue lidar com ele. Imagine se tivesse terremoto, vulcão, furacões...

Aprendam esta lição senhores governantes brasileiros, e tomem vergonha na cara para fazer o que tem que ser feito, com urgência urgentíssima, que é a política de prevenção e não apenas a de recuperação e ajudas paliativas às vítimas dessas catástrofes que podem muito bem ser evitadas. Tome-se como exemplo o que vem sendo feito na Austrália onde cidades importantes estão submersas; populações foram alertadas com dias de antecedências; regiões inteiras foram evacuadas. O número de vítimas naquele país é residual. E aqui? Aqui, bastou uma tromba d’agua (imprevisível?) para matar perto de 500 pessoas na região serrana do Rio em praticamente 24 horas.

Parafraseando o apresentador jornalístico Boris Casoy, “isto é uma vergonha!”

Benito- Com informações do estadão - www.estadao.com.br

OFICINA DE PET

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